Objetos inteligentes: o que são e como podem ser feitos

Objetos inteligentes: o que são e como podem ser feitos

Objetos inteligentes são dispositivos conectados à internet com sensores, software e outras tecnologias incorporadas para coletar, processar e transmitir dados. Esses dispositivos podem ser encontrados em várias indústrias, desde manufatura até saúde, e estão se tornando cada vez mais populares à medida que a Internet das Coisas (IoT) cresce em popularidade.

Os objetos inteligentes são usados ​​para automatizar tarefas e processos, melhorar a eficiência e a produtividade, coletar dados em tempo real e fornecer insights valiosos. Eles também são capazes de interagir com outros dispositivos e sistemas para fornecer uma solução completa. Alguns exemplos de objetos inteligentes incluem sensores ambientais, câmeras de segurança, termostatos inteligentes, sistemas de iluminação e dispositivos de monitoramento de saúde.

Exemplo de aplicações na Área da Saúde

Seguem alguns exemplos de uso de objetos inteligentes na área da saúde, como ilustração de aplicações:

1. Monitoramento de saúde remoto: Objetos inteligentes, como sensores vestíveis, podem ser usados para monitorar a saúde de pacientes remotamente. Esses dispositivos coletam dados vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial e atividade física, e transmitem esses dados para profissionais de saúde em tempo real. Isso permite que os pacientes recebam um atendimento mais personalizado e reduz a necessidade de visitas ao hospital.

Referência: "Remote Patient Monitoring: A Comprehensive Guide", da Health IT Outcomes

2. Medicação inteligente: Alguns objetos inteligentes são projetados para ajudar os pacientes a tomar seus medicamentos na hora certa. Por exemplo, a pílula inteligente Abilify MyCite tem um sensor embutido que rastreia quando um paciente toma sua medicação e transmite esses dados para um aplicativo móvel.

Referência: "Abilify MyCite: First FDA approval of a pill with a sensor", do FDA

3. Monitoramento de glicemia: Objetos inteligentes, como sensores de glicemia contínua, podem ajudar os pacientes com diabetes a monitorar seus níveis de açúcar no sangue. Esses dispositivos coletam dados continuamente e alertam os pacientes quando seus níveis estão fora dos limites recomendados.

Referência: "Continuous Glucose Monitoring (CGM)", da American Diabetes Association

4. Sistemas de telemedicina: Objetos inteligentes podem ser usados para conectar pacientes e profissionais de saúde remotamente. Por exemplo, a plataforma TytoCare oferece um conjunto de dispositivos médicos inteligentes que permitem que pacientes realizem exames médicos básicos em casa e compartilhem os dados com seus médicos.

Referência: "TytoCare: The leading telehealth platform for virtual medical exams", da TytoCare

Exemplo de aplicações na área da Manufatura

Já na área de manufatura, chão de fábrica, em que o conceito é muito aplicado, pode-se citar alguns exemplos, tais como:

1. Manufatura Inteligente: O conceito de manufatura inteligente (Smart Manufacturing) envolve a utilização de objetos inteligentes para conectar pessoas, processos e tecnologias na indústria. Isso inclui o uso de sensores para monitorar o desempenho de máquinas e processos, o uso de análise de dados para otimizar a produção e o uso de robôs autônomos para aprimorar a eficiência da produção.

Referência: "Smart Manufacturing: The Future of Manufacturing Industry", da Digitalist Magazine

2. Manutenção Preditiva: Objetos inteligentes, como sensores e dispositivos IoT, podem ser usados para monitorar o desempenho de máquinas e equipamentos de produção. Com base nos dados coletados, a manutenção pode ser agendada de forma preditiva, evitando falhas inesperadas que possam interromper a produção.

Referência: "Predictive Maintenance with IoT and Analytics", da IoT for All

3. Qualidade de Produção: Objetos inteligentes, como câmeras e sensores de imagem, podem ser usados para verificar a qualidade de produtos durante o processo de fabricação. Esses dispositivos podem detectar defeitos em tempo real, permitindo que os problemas sejam corrigidos imediatamente antes que afetem a qualidade final do produto.

Referência: "How Smart Cameras are Revolutionizing Quality Control", da Control Engineering

4. Robótica Autônoma: Objetos inteligentes, como robôs autônomos, podem ser usados na manufatura para realizar tarefas repetitivas e perigosas, aumentando a eficiência e a segurança do trabalho. Esses robôs podem ser programados para trabalhar em conjunto com seres humanos, ou para operar de forma totalmente autônoma.

Referência: "Autonomous Robots in Manufacturing", da Robotics Tomorrow

Criação de Objetos Inteligentes

 Para criar objetos inteligentes, é necessário incorporar diferentes tecnologias. Primeiro, é importante selecionar o hardware certo, que pode incluir sensores, microcontroladores, módulos de comunicação sem fio e outros componentes. Em seguida, é necessário desenvolver software para coletar e processar os dados do sensor, transmitir esses dados para outros dispositivos ou sistemas, e fornecer insights úteis.

Existem várias tecnologias que podem ser usadas para criar objetos inteligentes, incluindo:

• Rede de sensores sem fio (WSN): Essa tecnologia permite que os objetos inteligentes se comuniquem uns com os outros sem fio, usando um protocolo de rede especializado.
• Radiofrequência de Identificação (RFID): A tecnologia RFID permite a identificação automática de objetos usando ondas de rádio, o que pode ser útil em locais onde a leitura de códigos de barras ou QR codes é difícil.
• Bluetooth Low Energy (BLE): Essa tecnologia é usada para criar objetos inteligentes que se comunicam com smartphones ou tablets e que têm baixo consumo de energia.
• Near Field Communication (NFC): Essa tecnologia é usada para criar objetos inteligentes que podem ser conectados rapidamente com outros dispositivos compatíveis com NFC.

Um pouco mais sobre o Bluetooth v.5 ou padrão BLE

O Bluetooth Low Energy (BLE) é um padrão de comunicação sem fio que permite a troca de dados entre dispositivos com baixo consumo de energia. Ele foi projetado para aplicações que exigem longa duração de bateria e comunicação de curto alcance.

O BLE é uma versão aprimorada do Bluetooth Classic e foi introduzido na especificação Bluetooth 4.0. Uma das principais diferenças entre o BLE e o Bluetooth Classic é o consumo de energia. Enquanto o Bluetooth Classic é projetado para transferência de grandes quantidades de dados, o BLE é otimizado para pequenas quantidades de dados, o que permite um consumo de energia significativamente menor.

O BLE é amplamente utilizado em dispositivos IoT e wearables, como relógios inteligentes, monitores de atividade física e dispositivos de monitoramento de saúde. Ele também é usado em aplicações de automação residencial, como controle de iluminação e termostatos inteligentes.

Para usar o BLE, os dispositivos precisam ser compatíveis com o padrão e ter o hardware adequado. A comunicação entre dispositivos é estabelecida por meio de conexões, que são criadas e mantidas por um período limitado de tempo.

O padrão BLE é suportado por muitas plataformas de desenvolvimento, como Arduino e Raspberry Pi, e é amplamente documentado pela Bluetooth SIG (Special Interest Group), a organização que desenvolve e promove a tecnologia Bluetooth.